quarta-feira, 7 de março de 2018

Você tem cultura?


Acesse o link e leia o texto de Roberto da Matta, Você tem cultura?
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/877886/mod_resource/content/1/2_MATTA_Voc%C3%AA%20tem%20cultura.pdf

Responda a pergunta e comente a questão abaixo:

O autor menciona uma associação com o termo cultura que exprime a ideia de sofisticação, sabedoria, educação formal, volume de leituras, controle de informações, títulos universitários, entre outras noções. Qual é outro conceito de "cultura" encontrado no texto? Cite um breve exemplo relacionado à sua experiência.

Comente “O conceito de cultura, ou, a cultura como conceito, então, permite uma perspectiva mais consciente de nós mesmos”.

Data limite para comentários da turma da tarde e da manhã: 12 de março de 2018

38 comentários:

  1. Respostas
    1. Na minha visão não existe alguém sem cultura. todos nos pertencemos a um nicho, a um ambiente o qual tem suas normas sociais, língua, ritos, arte, politica e etc... A maneira como tal sociedade se desenvolveu ao longo dos anos, vai moldando a sua cultura. Acredito inclusive que a cultura se da em varias magnitudes, seja a respeito de um pais por exemplo, ou dentro de casa. Ex: ''Na casa de João, a família tem o costume de almoçar na varanda. Esse costume, fala a respeito da cultura dessa família em especifico, que pode ser diferente de outra família. Morei 4 meses em Londres e percebi nitidamente as diferenças culturais entre os brasileiros e os londrinos. Diferenças as quais acredito que ate poderíamos hierarquizar quais preferimos. Mas não necessariamente uma é melhor que a outra.

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  2. "Cultura" é uma série de códigos estabelecidos de acordo com a localização, língua e outros hábitos de um determinado povo. Ela rege uma noção de certo ou errado sobre os comportamentos das pessoas desse povo. Pode ser tão abrangente quanto um país, uma cidade, um bairro, uma faculdade, ou até mesmo uma sala de aula. Um exemplo de diferença de cultura: no Brasil, é incomum que as pessoas sejam pontuais para eventos de lazer. Chega a ser rude aparecer para uma festa na hora. Já nos Estados Unidos, é falta de educação chegar atrasado.

    Observar a pluralidade de culturas dentro mesmo de uma faculdade (entre os diversos cursos) demonstra como quase não existem comportamentos absolutamente certos ou errados. Nossa opinião sobre esses valores diz muito sobre onde vivemos.

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  3. Segundo o autor, "Cultura" representa o conjunto de regras que conduzem a maneira de viver total de um grupo, sociedade, país ou individuo, conduzindo assim sua maneira de pensar, estudos e como elas modificam o mundo a sua volta e a si mesmos. Um exemplo de diferença entre cultura: Na Europa, quando uma pessoa deseja atravessar a rua, podemos ver que os carros param, dando a preferencia ao pedestre, mesmo na ausência de um sinal de trânsito. Enquanto isso no Brasil, os carros muitas vezes acabam tomando a frente do pedestre, mesmo em locais com sinal de trânsito.

    O conceito de cultura nos permite uma perspectiva mais consciente de nós mesmos, pois nos mostra que não podemos hierarquizar culturas com valores diferentes, uma vez que cada cultura cresceu de determinada forma. A cultura torna possível a compreensão entre as diferenças que possuímos dos outros, abrindo espaço para uma forma mais humana de se pensar.

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  4. Cultura, assim como várias palavras, é aberta a interpretações. A cada nova interação social, este conceito pode se transformar e passaa a significar algo diferente para as pessoas.

    Num dos sentidos de Cultura, aquele do senso comum, pode-se entender o conceito como uma ideia que está ligada à inteligência de uma pessoa. Trata-se do quanto esta pessoa acumula conhecimento, geralmente erudito.

    No entanto, antropólogos e sociólogos definem a cultura como códigos estabelecidos dentro de um povo. É importante ressaltar que estes códigos não são escolhidos por nós. Nascemos com eles e, por mais que os percebamos, eles não se transformam do dia para a noite.

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  5. Diferentemente da noção construída socialmente, que hierarquiza artificialmente as pessoas, a palavra "cultura" para o campo da antropologia é um código que representa o modo como as pessoas de um determinado grupo pensam, classificam, estudam e modificam o mundo e a si mesmas.

    Essa noção de cultura enquanto um conceito que representa um comportamento capaz de modificar o entorno e a nós próprios possibilita, segundo o autor, uma perspectiva mais consciente. Desse modo, somos capazes de olhar criticamente para nossos hábitos (a nível individual e como grupo e sociedade) e compreender como nossas ações podem impactar de maneira positiva ou não. Ao invés de uma postura passiva e acrítica, a cultura enquanto conceito nos coloca em uma posição mais ativa dentro desse processo.

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  7. A cultura vista de maneira antropológica, é o conjunto de características que definem a vida social de um grupo, mesmo que ele seja composto por pessoas que pensam de maneiras diferentes entre si. A cultura os une pelo conjunto de códigos que se expressam por meio de ações ou formas de pensar em comum. Em algumas culturas existe o rito de passagem da infância para a vida adulta, por exemplo, uma tribo amazônica se utiliza de luvas com formigas gigantes para determinar quem está pronto para a nova etapa da vida; Em uma outra tribo no oceano pacífico os meninos tem que pular de uma altura superior a 30m com os pés presos por uma corda; No judaísmo há o bar-mitzvá; Em algumas culturas os bailes de debutante.

    A cultura nos permite uma perspectiva mais consciente de nós mesmos ao ponto que é um meio que nos permite conhecer nossa própria história e a de outros grupos, notando, assim, a diversidade humana. Com o conhecimento das atitudes de nosso grupo e com a visão ampliada às outras culturas, podemos ter uma melhor perspectiva e nos capacitar a modificar o que não faz mais sentido para nós.

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  8. Diferente das interpretações sociais relacionadas à inteligência ou sabedoria, o termo "cultura" também é descrito como

    uma maneira de viver de um grupo ou pessoa, onde códigos, regras ou comportamentos acabam sendo criados de maneira

    espontânea, permitindo que os indivíduos se relacionem de acordo com esses "padrões".
    Assim como muitas pessoas, em minha experiência pessoal de vida, me deparei com o termo "cultura" e fiquei pensativo. Lembro que quando era mais novo, ocasionalmente meu pai fazia comentários relacionados à

    curiosidades engraçadas ou de sabedoria popular, e sempre me impressionava. Dava para notar o orgulho no rosto dele ao

    ver que estava me informando sobre algo diferente e inusitado, e então logo em seguida ele soltava a frase: " Viu? Seu pai é

    cultura também! ". De certo forma, talvez meu pai também quisesse mostrar para mim que ele era um homem culto e com bastante conhecimento, e assim faço uma relação com a definição de cultura mencionada por Roberto da Matta de que o conhecimento acaba sendo confundido com cultura. Ao mesmo tempo penso que uma pessoa com bastante conhecimento diversificado acaba se tornando culta por conhecer diferentes tipos de cultura, mesmo que de forma teórica ou remota. Talvez eu não ficasse confuso se meu pai dissese: "Viu? Seu pai conhece outras culturas também!".
    Quanto à frase “O conceito de cultura, ou, a cultura como conceito, então, permite uma perspectiva mais consciente de nós mesmos", posso dizer que faz total sentido se olharmos para nós mesmo e vermos onde estamos inseridos, nossas funções na sociedade, nossos comportamentos com os próximos e familiares, nossas rotinas diárias. Assim como somos influenciados pela cultura, acabamos por influenciá-la também.

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  9. Isabela Avellar

    A cultura que vai de encontro com a mencionada anteriormente é a visão de expressões culturais. Tudo que manifesta comportamento, pensamento, formas de ver o mundo ou rituais constitui cultura, seja ela manifestada por um individuo ou por um grupo, sendo fundamental para o entendimento das relações sociais, independente da quantidade de livros que se lê ou das exposições que frequenta.
    A partir disso a nossa consciência do que é ou não cultura muda, já que passamos a enxergar todas as manifestações como parte de um movimento cultural. Por exemplo, o funk foi e é amplamente criticado como não cultura, e até mesmo não considerado música, mas hoje há um entendimento de que ele significa um gênero musical periférico e de resistência.
    Também custamos a ver nossas festas populares como manifestações culturais. Sabemos muito pouco sobre nossas tradições enquanto país, o que reflete no consumo da cultura exterior de países como EUA e continentes como Europa

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  10. “Cultura” no sentido mais corriqueiro da palavra é um conjunto de ações comportamentais que envolvem hábitos considerados eruditos, como ler muito, conhecer a história da arte, falar várias línguas, entre outros.
    Entretanto há diversas compreensões do termo "cultura". Antropologicamente falando, cultura é um conjunto de atributos ou características que revelam a maneira de viver de um grupo de pessoas, seja um país, uma cidade ou até mesmo movimentos, como os hyppies por exemplo.
    Além desses sentidos, podemos atribuir a palavra cultura para outros fins. Por exemplo, quando uma pessoa idosa faz um comentário racista, homofóbico que é justificado como, "mas na minha época, era outra cultura".
    Não precisamos ir muito longe para analisar diferentes culturas. O carioca é um povo mais informal, que sai da praia e vai almoçar direto com pé de areia, não é muito comprometido com horários de eventos sociais. Já os paulistas, são mais formais, costumam andar mais arrumados, tem compromisso com horários. Esses são esteriótipos que revelam diferentes culturas.

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  11. O significado da palavra cultura é bastante significativo – já que demonstra o conjunto dos valores e conhecimentos passados de geração em geração: culinária, vestuário, religião, manifestações artísticas (dança, música, poesia), língua, ideologia, entre outros.

    A cultura é fundamental para a compreensão de diversos valores que guiam o comportamento social. Entender como estes valores se internalizaram em nós e como eles conduzem nossas emoções e a avaliação do outro, é um grande desafio. Cada comunidade (bairro, cidade, estado, país) possui um conjunto cultural diverso, que pode e deve ser aproveitado, estimulando que os cidadãos descubram mais sobre a comunidade e suas histórias e valores.

    Como exemplo, podemos citar a forma de cumprimentar das pessoas. Alguns locais do Brasil, se cumprimentam com abraços, outros com beijo no rosto, outros apenas com aperto de mão.

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  12. Da Matta também explica a cultura pela visão da antropologia social, onde ele diz que a cultura é um código criado para pessoas se relacionarem. Pessoas que compartilham do mesmo "código" são do mesmo grupo, que se comportam de maneira semelhante em determinadas situações. Diferentes grupos representam diferentes gêneros de cultura que , de acordo com o autor, "são equivalentes a diferentes modos de sentir, celebrar, pensar e atuar sobre o mundo".
    Entender o conceito de cultura e como ela se diferencia ajuda a nós entendermos o contexto do próximo sem julgá-lo.

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  13. Roberto da Matta propõe em seu artigo a variedade interpretativa da palavra "cultura" - tanto num sentido amplo e etimológico; quanto no sociológico permeado pelo uso popular; e a maneira como isso se reflete no entendimento da sociedade como um todo.

    No texto, o autor busca explanar o conceito popular de “cultura”, que diz respeito à um habitus adquirido pelo uso de afinidades relacionadas ao “gosto” (Bourdieu, 1979), indicando um acúmulo de conhecimentos e experiências específicas (e frequentemente elitistas) de um indivíduo, ou seja, efeitos de uma causa que é geralmente ligada à intelectualidade. Por meio do uso recorrente, portanto, utiliza-se o termo como uma maneira de destacar o que seria uma cultura “boa” e uma cultura “ruim”. Dessa forma, delimita-se a existência de questões com importâncias superiores umas às outras quando se fala da representatividade cultural de um grupo social. Pode-se citar como exemplos o funk e a música clássica - sendo o primeiro considerado menos “aculturado” que o último; ou mesmo as novelas e as obras cinematográficas de diretores consagrados, nesse mesmo sentido.

    Os efeitos desse pensamento se refletem na dominância das classes cujas culturas são consideradas superiores no imaginário popular, como disserta Raymond Williams em sua obra Palavras-Chave (1956) quando fala da manutenção da superioridade pela repetição do que se é vivido pelo indivíduo - fazendo com que aquilo que as pessoas vêm a dizer, pensar e sentir sejam apenas uma reprodução de uma ordem social estabelecida. Este fenômeno funciona como um demonstrativo dos valores de uma sociedade, e indicam claramente uma ordem social estabelecida.

    No entanto, como demonstrado na argumentação de Roberto da Matta, o sentido original da palavra diz respeito a um conjunto de ações, costumes e elementos que compõe uma sociedade, sem que haja esse juízo de valor atrelado ao uso popular da palavra. Assim, esta noção de uma hierarquia cultural não só é equivocada, como demonstra um reflexo do funcionamento da sociedade e da perspectiva individual das pessoas que se referem conceito. Sendo assim, fica clara a maneira como um entendimento do conceito de cultura permite uma perspectiva mais consciente.

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  15. Liêvin da Rocha Santana

    Segundo o autor, cultura é o que condiciona um indivíduo ao conjunto de regras fazendo ele viver a totalidade daquela sociedade e ou de um grupo, sendo assim ele age de comum acordo com o que ele recebe de informação, que o transforma no ser que é reproduz da mesma maneira que é condicionado, assim quando se depara com outra situação; outro país, estado, cidade ou zona onde vive. Produz nele uma diferença cultural, pois não se encontra onde era de comum costume.
    Um exemplo de diferentes culturas é o metrô do Rio X o metrô de são paulo, nas escadas rolantes de São Paulo é comum que as pessoas deixem o lado esquerdo livre para as pessoas com mais presa, poderem subir, já no rio de Janeiro isso não é cultural, fazendo assim um choque de cultura para ambos os transeuntes que vão para o Rio sendo de São paulo ou de São paulo indo para o Rio.
    Cultura na língua latina tem o significado e o sentido de agricultura ou seja algo que é plantado na terra ou cultivado, por tanto pode se dizer que, tudo que está em cima da Terra é cultura, seja ela qual for, assim sendo, cultura pode ser aceita em alguns lugares de acordo com as crenças, as leis, a moral e os costumes de cada localidade ou pode não ser aceita em outros lugares, fazendo parte daquela ou de outras sociedades, a cultura é universal e multi étnica, independente do indivíduo ou da sociedade ela se faz presente com os mesmos.

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  16. Júlia Lopes D'Oliveira dos Santos

    O termo “cultura” abordado no texto se diz respeito à regras/códigos de comportamento diante de situações sobre o mundo, sendo usadas apenas como limites.
    É algo que está dentro e fora de nós, o que se torna uma perspectiva mais consciente de nós mesmos, deixando de lado hierarquias.
    Dessa forma, a cultura é uma boa ferramenta para entender melhor as diferenças entre as pessoas e as sociedades.
    Ao se separar hierarquicamente acaba sendo uma forma de excluir uma cultura ou subcultura.
    Um exemplo são os gêneros musicais no Brasil, especificamente. Há uma discussão muito grande a respeito do Funk como sendo classificado como algo cultural e, mais ainda, como um estilo musical “inferior” aos demais.
    Em minha opinião, esta forma de classificação está completamente equivocada, pois como diz o autor “é uma maneira de viver total de um grupo, sociedade, país ou pessoa”.

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  17. Dafne Rozencwaig Souza

    Outro conceito para o termo cultura que o autor faz alusão refere-se à conceituação da antropologia social que se utiliza dessa ferramenta para análise da vida social. Nesse sentido, cultura é interpretada como um conjunto de práticas, hábitos, costumes e modos de viver partilhados por um grupo de pessoas e/ou por uma sociedade. Apesar de dentro dessas aglomerações existirem subdivisões de interesses e capacidades distintas, é a cultura o denominador comum capaz de entender os códigos comuns à heterogeneidade, transformando-as em um grupo pertencente ao todo. Hoje em dia, vemos as culturas populares sendo marginalizadas e desvalorizadas. Como se a tradição e o saber aprendidos e transmitidos através da oralidade e do próprio fazer tivessem menos legitimidade do que aqueles realizados pela academia - a instituição "detentora" e legitimadora do exercício do pensamento. O carimbó, ritmo advindo do Pará, foi declarado patrimônio cultural imaterial da humanidade, justamente para reconhecer o valor e a contribuição histórica e cultural que exerce na região Norte do país.

    “O conceito de cultura, ou, a cultura como conceito, então, permite uma perspectiva mais consciente de nós mesmos”. Na medida em que a cultura como conceito entende as individualidades como pertencente a um todo maior partilhado, ela nos mostra a importância de valorizar e ter um olhar horizontal para as diferentes manifestações culturais dentro do mesmo grupo. Dessa forma, potencializamos e enriquecemos a unidade a partir da multiplicidade. Como no ecossistema, a variedade entre as espécies gera saúde e equilíbrio dinâmico para o ciclo da vida. (MONO) cultura gera escassez e competição.

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  18. O conceito de cultura muitas vezes é usado para classificar e/ou julgar alguém ou algo como positivo ou negativo, e é isso que Roberto questiona, o usar da palavra cultura para definir uma hierarquia de um grupo, sociedade, país ou pessoa. O autor afirma que cultura é um mapa, um receituário, um código através do qual as pessoas de um dado grupo pensam, classificam, estudam e modificam o mundo e a si mesmas.
    Na culinária Brasileira podemos identificar diferentes hábitos em torno do comer, dos temperos usados e a história que existe por trás de cada alimento. Apesar de ser um só país, apresenta diversidade de comidas típicas referentes a cada região.
    “O conceito de cultura, ou, a cultura como conceito, então, permite uma perspectiva mais consciente de nós mesmos”. Entendo dessa frase que ao observamos a cultura onde estamos inseridos, nos tornamos mais conscientes dos nossos hábitos, das nossas crenças e de como isso permeia nas escolhas que fazemos.

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  19. Giuliana Fantauzzi

    O conceito de cultura abordado engloba principalmente costumes e comportamentos de sociedades, que a partir de contextos similares, podem ser relacionados a determinados grupos. Apesar da cultura estar prioritariamente associada a regiões e espaços físicos, como cidades ou países, também existem subgrupos culturais, pessoas que se identificam com determinada coisa que as une mesmo em diferentes locais geográficos. É o caso da cultura do hiphop, do funk e do punk, por exemplo. Pessoas que possuem gostos e interesses similares se unem e se relacionam idependentemente de seu contexto cultural. O comportamento de cada tribo será diferente nos costumes, tanto no modo de vestir como o de falar. Essas segmentações da cultura em grupos de jovens, principalmente, costumam ser muito subjulgados.

    A partir da percepção de singularidades de grupos tão diversos e díspares, o mínimo que se deve é o respeito à cultura do outro, sendo o ideal tentar entender e aprender aquilo que não é comum para si. Enquanto humanos, absorver a experiência e conhecimento do próximo é uma maneira de transformar cada ponto positivo em um pensamento ou ação positiva, na qual é possível o autoaprimoramento. Enquanto sociedade, esse tipo de levantamento empático transforma questões isoladas em pautas e assuntos relevantes, que se alastram e podem mudar a visão das pessoas sobre determinado assunto.

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  20. Jessica Benevides Gonzalez de Almeida (1310555)

    Na Antropologia, segundo Da Matta, não se deve fazer uso do termo "cultura" para delimitar uma hierarquia entre povos e civilizações distintas. "Cultura" representa, então, o conjunto de códigos, hábitos e comportamentos comuns a um determinado grupo, sociedade, país ou pessoa, que, não só é responsável por agrupar tais indivíduos em uma totalidade, como também define o modo particular como esses se relacionam entre si e com o mundo a sua volta.

    Quando Da Matta afirma que “o conceito de cultura permite uma perspectiva mais consciente de nós mesmos”, ele busca explicar que nenhuma cultura é superior ou inferior a outra, sendo todas as formas culturais equivalentes entre si, sem exclusão de uma por parte de outra. A partir do momento que essa visão é aceita e adotada a fim de analisar o homem, obtêm-se uma compreensão mais total e completa sobre nós mesmos, humanos, sem que haja interferências causadas por ideias pré-concebidas, preconceitos ou julgamentos.

    Um exemplo de diferença cultural que me marcou em minha experiência pessoal ocorreu quando eu me mudei para a Alemanha, para realizar um intercâmbio acadêmico. Lá estive em contato direto com alemães e pude notar a forma muito direta e honesta como eles se comunicam, que muito difere do modo mais "gentil" do tato brasileiro; e que, para muitos brasileiros, chega a ser interpretada como rispidez ou grosseria.
    No Brasil, quando um indivíduo é convidado para participar de alguma atividade social, como por exemplo, ir ao cinema, e esse mesmo indivíduo não deseja aceitar o convite por algum motivo, é comum que essa pessoa invente alguma desculpa a fim de explicar a sua ausência na atividade proposta. Não é bem aceito e é considerado rude, que um brasileiro recuse um convite simplesmente por não querer ir ao local ou não querer participar de certa atividade. Na Alemanha, por outro lado, é considerado prática comum recusar um convite diretamente à pessoa que o fez, caso não queira aceitá-lo, e isso não representa nenhum tipo de problema para os alemães. Assim, a forma de se comunicar não é partilhada como um código comum à cultura brasileira e à alemã.

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  22. O conceito de cultura tal qual exposto por DaMatta prioriza o cárater vinculativo do termo, ou seja, torna o conceito de cultura tão abrangente quanto forem as formas em que ela (ou o que alguns preferem chamar as sub-culturas ou subgêneros da cultura) se manifesta. É justamente a diferenciação entre o uso vulgar de cultura - como algo quantificável e cumulativo e individualizável - e o seu conceito do ponto de vista científico da Antropologia e das Ciências Sociais - ou seja, definido como algo amplo, mutável, ligante e imensurável - que permite a leitura de suas múltiplas "encarnações". Percebe-se, dando preferência à segunda definição, que a cultura não apenas opera como um conjunto de códigos para o entendimento interno das comunidades, mas o faz como fenômeno no qual um tal entendimento é partilhado, aprofundado e expandindo. Cultura então passa a ser vista como fenômeno que também vincula-se aos territórios (sem com isso deixar-se restringir por eles) e que propicia em seu interior o confroto de variantes da mesma cultura (popular X erudito, profano X sagrado, etc). Em relação ao tempo, a cultura (na forma de código) está intimamente ligada ao momento em que surge, porém, aberta à mutação à medida em que passam-se os anos, décadas e séculos e que, ao incorporar pressões e tensões internas e externas ao(s) grupo(s) que a conduz(em) e que por ela é/são conduzido(s), fortalecem ou extinguem alguns dos traços e potencialidades dentres códigos e entendimentos que a formam. Assim, novamente divergindo do uso coloquial de cultura, DaMatta explica-nos o equívoco que é pensar em culturas "inferiores" e "superiores" ou "atrasadas" e "evoluídas" “ baixas” ou “altas”, uma vez que, estando todas passando por processos semelhantes e possuindo a plasticidade para responder aos estímulos que se impõem a elas, não haveria razão para hieraquização como a que o uso corrente sugere.

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  23. Um outro olhar sobre a cultura vai além do conhecimento. Entra questões de costumes, moral e hábitos de determinada sociedade e que este depende de um grupo com mesmas apdidões.

    Cada país tem sua própria cultura. É comum observar em viagens a cultura local a partir das paisagens, construções arquitetônicas, e na maneira de se comunicar e agir. As influências e história que construiram a determinada união de pensamentos e ações das pessoas locais.

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  24. O autor menciona o termo antropológico do conceito de cultura definindo como "a maneira
    de viver total de um grupo, sociedade, país ou pessoa." Estudando história na UFF tive a oportunidade de analisar em termos teóricos pequenas populações a partir dessa ótica, que difere de um julgamento de "certo e errado" como se popularizou na internet e apresenta mais um ponderamento de "ação e reação" na minha opinião.

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  25. Segundo o autor a cultura pode ser o conjunto de costumes e histórias de uma sociedade, esses costumes são passados por gerações e assim constituem a cultura do local. Podemos observar essa mudança de costumes, portanto culturas, de um país para o outro.

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  26. A outra formas de cultura encontrada no texto é a cultura que nos cerca. A cultura que forma todo o arcabouço de conceitos e princípios que regem e são regidos por uma sociedade, um grupo, uma família. E esta mesma cultura está infestada de sub-culturas que participam dessa identidade cultural. Quando nascemos, nascemos dentro de uma cultura, crescemos e nos desenvolvemos dentro desta e de outras cultura, navegamos e entre sub-culturas durante o processo de criar nossa identidade. E mesmo quando uma sub-cultura é exportada para dentro de outra ela vem provida de características próprias mas acaba por se desenvolver e mudar dentro do núcleo cultural que se inseriu.
    Quando eu tinha cerca de vinte anos eu acabei me envolvendo com o cenário gótico do Rio de Janeiro ( sim, ele existe ), nesse meio todo uma nova forma de se vestir, se comunicar, se relacionar foi me apresentada e desde então a minha forma de ver o mundo se desenvolveu dentro desta cultura. Sendo essa uma cultura importada em algum momento eu resolvi entrar em contato com as origens deste movimento e ir para os lugares aonde ele é mais forte e significativo, viajei então para Inglaterra e alemanha. Mesmo depois de anos investindo em conhecer e me aprofundar naquela cultura que tanto me apetecia o choque cultural foi inevitável. O Gótico brasileiro, por mais gótico que seja ainda é brasileiro, o gótico alemão ainda é muito alemão e o inglês, bem, ingleses né? Ainda que a nossa subcultura nos aproxime uma pessoa ou um grupo é sempre formado por essa amálgama de referências, história e de um inconsciente coletivo (nada de Jung aqui) que rege aquelas pessoas, tornando culturas tão múltiplas e próprias.

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  27. O conceito de cultura no texto tenta expor seu caráter mais amplo, isto é, o autor critica uma visão de cultura que muitas vezes está centrada em formas de conhecimento de caráter acadêmico, embora essas áreas de conhecimento sejam parte do espectro total da cultura elas são apenas uma das partes que compooem o todo. O autor denta a cultura como as tradições, normas, ideologias, senso comum, etc, que estão sempre presentes na cultura de uma sociedade, tanto num aspecto micro como macro da mesma. O carnaval por exemplo é parte de nossa cultura que pode ser analisado de uma maneira acadêmica mas existe independente desta mesma.

    A afirmação do autor “O conceito de cultura, ou, a cultura como conceito, então, permite uma perspectiva mais consciente de nós mesmos” mostra uma preocupação com analizar as diferentes culturas e expressões culturais como iguais, evitando aplicar uma hierarquia como caracterizar uma cultura com atrasada ou inferior quando comparada a outra. Desta maneira podendo comparar nossas diferenças e semelhanças de uma maneira mais aberta.

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  28. Maria Victoria Albuquerque


    O outro conceito de cultura encontrado no texto é o antropológico. É dito como o conceito chave para a interpretação da vida social, ou seja, a maneira de viver de um grupo, sociedade, país ou pessoa. Atualmente, esse é o conceito que venho buscando entender junto ao meu projeto final, uma vez que o meu objetivo é apresentar o Japão, como cultura, para crianças de 5 / 6 anos, na educação infantil. Grande parte da minha pesquisa resumiu-se em conhecer o Japão como país, como se apresenta para o mundo, quais são as características tradicionais e contemporâneas da sociedade japonesa, costumes, culinária, entre diversos outros aspectos. Hoje, cheguei a conclusão que o mais importante para se trabalhar com as crianças brasileiras são os valores – éticos, morais, sociais – que são passados às crianças japonesas durante o período da educação infantil lá. Porque é nesse momento que parte da "cultura" japonesa se forma – como as relações interpessoais, em grupo, sobre si mesmo – são plantadas, e em seguida cultivadas ao longo de toda a sua formação, influenciando como eles se comportam como sociedade.
    Quando leio “O conceito de cultura, ou, a cultura como conceito, então, permite uma perspectiva mais consciente de nós mesmos”, entendo, no que diz respeito a todas as pesquisas que fiz e meu entendimento de cultura, que, quando você se dispõe a conhecer o diferente – seja como sociedade, como país, como pessoa – você aprende mais sobre você. Entendendo os porquês e comos de outras culturas, esclarece os comos e porquês que envolvem você, você se torna capaz de Reconhecer a si e ao outro como identidades diferentes, de forma a exercitar o respeito à diferença.

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  29. Rodrigo Lourenço Cagnani

    Há algum tempo atrás eu e alguns amigos conversamos sobre o que realmente é "cultura". Já que tinhamos muitas coisas em comum e alguns de nós não.
    Debatemos em quais frentes os elementos culturais da nossa geração estavam claramente enraziados em nosso dia a dia e como isso reflete no nosso comportamento. Falamos sobre; tropicalia, comida brasileira, personagens folcloricos e etc... Isso nos levou a crer que o jeito como fálavamos, nos vestíamos e comíamos, vem de anos de acúmulos de informações que adquirimos sem perceber (ou percebendo) e que isso nos torna parte de um grupo, raça ou povo.

    A palavra CULTURA me remete a tradição, costumes e práticas sociais. E isso cada povo, cada grupo tem o seu.
    Respeitar as diferenças culturais é muito mais do que não fazer comentários pejorativos e a educação é a chave para entender a cultura de outros povos.

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  30. malu laet
    Cultura- uma configuração social de códigos compartilhados que flui em indivíduos _coletivo, interno_externo, sujeito_objeto. Esse entendimento da cultura se aproxima do conceito de linguagem, que também trata de um sistema comunicante. A cultura, no entanto, é um conjunto de linguagem, hábitos, costumes e percepção especifico de um local/sociedade, uma linguagem que depende de seu contexto. A cultura trata de um inconsciente histórico e localizado, que habita o espaço intersubjetivo.
    Estar lucido da dinâmica cultural, ter seu fluxo mais consciente permite com que nos transmutamos seus mecanismos como hierarquização, dando visibilidade e um local horizontal para as culturas marginalizada, das chamadas 'subculturas’. Englobar faculdades, estética e hábitos de diversas culturas é apresenta a multiplicidade global opondo ao eurocentrismo. A lucidez perante a própria cultura permite um posicionamento meta-crítico, assim sendo critico da própria critica e por que e de que lugar faz-se essa critica. Isso é importante para entendermos quando uma opinião deriva de um construção cultural externa e manipulada, que pode ser alienante.

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  31. Maria Carolina Werneck21 de março de 2018 às 17:43

    O segundo termo cultura encontrado no texto se refere a definição antropológica, dos estudos das ciências sociais, que se refere à costumes, visões, hábitos de um determinado grupo de pessoas. Diferente do primeiro, que exprime um julgamento, uma hierarquização, algo que poderia ser quantificado, o segundo não possui uma escala, apenas uma organização. A partir de uma classificação, normalmente por país, cidade etc é que as pessoas são "divididas" em culturas diferentes. Porém existem também as subculturas, mais específicas, que dizem mais sobre os gostos, talvez musical, artístico, hobbies. Como por exemplo pessoas que gostam mais de mpb e pessoas que gostam mais de rock, podem se dividir em subculturas.

    A consciência se dá através do conhecimento, logo se estamos estudando outras culturas, o termo cultura, etc, vamos entender mais sobre a nossa própria cultura e consequentemente sobre nós mesmos.

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  32. O autor também significa cultura em seu sentido Antropológico. Segundo ele, cultura é definida como o modo de vida, hábitos e tradições de um grupo ou sociedade.
    Uma espécie de código seguido por esses indivíduos, que por meio deste pensam, classificam, estudam e modificam o mundo e a si mesmos. Sendo assim a cultura responsável pela união desse grupo mesmo que com características diferentes de seus indivíduos, trazendo também uma humanização que nos torna capazes de enxergar, entender e pensar no outro. Assim, nesse sentido, não se pode haver indivíduo sem cultura, diferentemente da primeira definição, na qual cultura acaba tornando-se sinônimo de erudição e utilizada como forma de hierarquização.

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  33. Taiane Brito

    Segundo o autor, cultura é, em Antropologia Social e Sociologia, um mapa, um receituário, um código através do qual as pessoas de um dado grupo pensam, classificam, estudam e modificam o mundo e a si mesmas. É justamente porque compartilham de parcelas importantes deste código ( a cultura) que um conjunto de indivíduos com interesses e capacidades distintas e até mesmo opostas, transformam-se num grupo e podem viver juntos sentindo-se parte de uma mesma totalidade.

    Como por exemplo, participo de um grupo de Maracatu formado só por integrantes mulheres, o Baque Mulher. O maracatu em si já é uma manifestação popular formado por pessoas que mantém a tradição de seus ancestrais, faz parte da cultura popular; agora, um maracatu formado só por mulheres, cria um nicho cultural ainda mais especifico, de mulheres feministas que quebram barreiras dentro da própria manifestação popular, quando assumem o papel majoritariamente dos homens, de tocar o tambor.

    Conhecer nossa cultura, nossas tradições, é fundamental para conhecermos a nos mesmos, respeitando nossas raízes, mais também abrindo novos horizontes para o que vivemos agora.

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  34. No texto, começa-se a apresentar o conceito de cultura como algo referente ao nível de intelectualidade, medido pelo quanto o indivíduo se cultua de conteúdo aprofundado, leitura, diferentes fontes de informação e experiências. Contudo, essa concepção da palavra pode ser discriminatória, pois somente alguns nichos sociais têm acesso a tal natureza de conhecimento e, além disso, é restrito por idade, visto que pessoas mais novas são, nesse caso, consideradas incultas.
    Em contraponto, o autor menciona outra interpretação da palavra. Trata-se de cultura como desenho de uma personalidade: referências e subjetividades de um indivíduo, àquilo que se designou em suas interações sociais e tomou para si; um recorte presente de características que cada um carrega, relativizadas pelas suas condições sociais – geográficas, étnicas, econômicas, políticas, hábitos, como se ocupa, como é a família, entre muitos outros fatores os quais estamos sujeitos. Portanto, nesse sentido, todos possuímos cultura, visto que todos carregamos uma bagagem de vivências, e temos uma riqueza informação para expressar ao mundo, isento de idade, sexo, condição financeira, etnia, e tudo mais.

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  35. O autor refuta a associação de cultura a um estudo formal e conhecimentos específicos explicando a que os antropólogos se referem quando usam o termo: um conjunto de normas sociais que servem de base para interpretar as interações sociais.
    Existe o hábito de dizer que alguém é "culto" como forma de hierarquizar as pessoas de acordo com a instrução de cada uma, associando também a uma concepção errada de "inteligência". Inteligência diz respeito à capacidade lógica e racional, não a conhecimento. Pode-se dizer que inteligência é diretamente ligada à cognição e que cognição leva ao conhecimento, mas não são sinônimos.
    O conceito de cultura não exclui nem hierarquiza ninguém em específico nem grupo nenhum: o englobamento de fatores em comum que permite que pessoas distintas possam ser lidas como parte duma totalidade é cultura.

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  36. Raphael Bastos Lessa

    Cultura é um dos termos de mais difícil definição, pois além de regional é temporal.
    É comum escutarmos de pessoas mais velhas, no meu tempo... ou na minha cidade... essas expressões são um perfeito exemplo de que cultura é sim um termo subjetivo.
    Dizer que alguém é sem cultura é ignorar qualquer tipo de conhecimento ou costume que essa pessoa tenha que seja diferente do seu, mesmo que exista uma norma básica que confunde cultura e arte, está segunda se faz funde muitas vezes com a primeira e dá uma noção de superioridade intelectual para quem é mais versado artisticamente.
    Que fique claro, que ao meu entender cultura e arte se esbarram e se misturam, assim como areia e água, entretanto um pode existir sem o outro. Ocasionalmente se tornam barro ou não.

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